Filha de mãe doméstica e pai emigrante em França, Conceição Dias, de 56 anos, entrou no mundo laboral aos 13 anos como costureira. Uma década mais tarde, arriscou todas as suas poupanças (180 contos, cerca de 900 euros) em cinco máquinas industriais e tornou-se empresária.
Oito anos depois, em 1992, comprou, por 15 mil contos (75 mil euros), a Rineiva, a fábrica onde tinha começado a trabalhar. Hoje, esta "self made woman" lidera um negócio com vendas de 60 milhões de euros, que exporta 100% da produção para grandes clientes internacionais em países como os Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França ou Alemanha.
A corrida à reactivação da fábrica-mãe da falida Ricon, situada em Ribeirão, concelho de Famalicão, que estava a ser disputada por dois concorrentes de Barcelos, a Valérius e a Sonix, foi ganha por esta última têxtil, que é propriedade de Conceição Dias.
As empresas do grupo Ricon, cuja actividade dependia em mais de 70% da Gant, que tinha uma rede de 20 lojas em Portugal, foram decretadas falidas no final de Janeiro passado e os seus cerca de 800 trabalhadores despedidos.
A dona da Sonix já contratou 157 pessoas que trabalhavam para o grupo falido, admitindo que este número pode aumentar até às 300 contratações - "Temos já assegurado o coração da empresa, todo o seu ‘know-how’, com as chefias e respectivas equipas".
leia mais @ Jornal de Negócios
Veja também a entrevista de Conceição Dias à Fashion Network, aqui:
"(...) a conversa inevitavelmente derrapou para a falta aflitiva de mão-de-obra especializada, pois só se pode exportar quando se tem produção para vender – e a verdade é que, por muito boas que sejam a vontade e estratégia das empresas, a nossa ITV só tem futuro se souber ultrapassar a aflitiva carência de costureiras, engenheiros têxteis, serralheiros, etc, etc.
Conceição Dias organizou um curso interno de formação de costureiras. Começaram 23 raparigas, acabaram três."
0 comentários:
Enviar um comentário