O Gabinete de Apoio e Informação à Vítima (GAIV) da PSP do Porto, criado há cinco anos, já atendeu 6.577 pessoas, num total de 10.503 atendimentos realizados, a sua grande maioria pelo crime de violência doméstica. As vítimas são "maioritariamente" mulheres, com idades entre os 30 e os 40 anos. O GAIV, a funcionar desde o mês de março de 2013, todos os dias da semana, 24 horas por dia, é composto por um chefe e 16 agentes com formação específica para os crimes ocorridos no seio familiar e doméstico.
Estes foram alguns dos dados revelados no seminário "5 anos de GAIV" que decorreu ontem, 3 de Abril, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett. Num auditório lotado, e que contou com a participação de representantes de mais de 70 instituições envolvidas e com intervenção no projeto, foi traçado um balanço dessa atividade.
Na abertura da iniciativa, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, parceira da PSP no GAIV, fez um pequeno enquadramento do que tem vindo a ser feito pelo Município nesta matéria e destacou, no âmbito da Rede Social, a elaboração do Plano Municipal da Igualdade e de Combate à Violência Doméstica - 2018/2021.
No acesso à habitação municipal, foram definidos critérios de exceção quando se verifiquem necessidades de realojamento decorrentes de situações de emergência social, nomeadamente, proteção de vítimas de violência doméstica. "Dos registos constantes na Domus - empresa municipal de habitação -, de 2015 até à presente data foram instruídas 19 candidaturas a habitação social no âmbito das situações de violência doméstica", disse o presidente.
Os crimes por violência doméstica registaram uma diminuição a nível nacional e o Porto acompanha essa redução, sendo de assinalar que, nos últimos cinco anos no contexto de intervenção do GAIV, não foi registada nenhuma vítima mortal.
Outro dado avançado foram as queixas apresentadas por casais homossexuais, que ascenderam a 39.
O comissário sublinhou ainda que cerca de 1.000 destas vítimas sofreram violência em contexto de namoro ou ex-namoro.
Já quanto ao tipo de violência, Marco Almeida salientou que no topo está a psicológica/emocional, seguida da física, da social, da económica e, por fim, da sexual.
Dos agressores denunciados, o comissário revelou que 1.666 tinham problemas com álcool, 833 com drogas e 337 deles tinham armas ou acesso fácil a elas.
Marco Almeida salientou ainda que durante estes cinco anos, o GAIV elaborou 3.914 planos de segurança, fez 7.912 avaliações de risco, atribuiu 3.029 estatutos de vítima, deteve cinco pessoas e apreendeu seis armas.
O gabinete faz um atendimento personalizado, um acompanhamento pós-denúncia e deslocações com a vítima a tribunais ou Instituto de Medicina Legal (IML).
GAIV Porto
Esquadra do Bom Pastor
Rua do Vale Formoso, 469
4200-514 PORTO
Tel. 225574900
Fax. 225574905
PSP
Fontes:
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