Portugueses faltaram a consultas devido ao custo dos transportes
Segundo o estudo da NOVA Information Management School (NOVA-IMS), da Universidade Nova de Lisboa, ficaram por realizar 539.824 consultas externas/especialidade nos hospitais públicos devido aos custos de deslocação e 260.905 devido à conjugação dos custos de transporte com as taxas moderadoras.
Apesar dos portugueses continuarem a considerar os preços das taxas moderadoras adequados, mantêm uma perceção errada dos valores, uma vez que, nalguns casos, estimam custos acima dos reais.
De acordo com este trabalho, há uma diferença entre o valor que os portugueses julgam que custa (11,32 euros) e o que realmente custa (7 euros) a taxa moderadora para uma consulta externa/especialidade num hospital público.
Falta de dinheiro impede 1 em cada 10 portugueses de comprar medicamentos
10,8% dos portugueses optaram por não comprar algum medicamento prescrito por um médico devido ao custo dos fármacos, um valor que em 2016 tinha chegado aos 11,8%. Destes doentes, em mais de metade dos casos (59,5%) algum destes fármacos faz parte de uma terapêutica prolongada/regular (para tratamento de uma doença crónica).
O trabalho da Nova IMS relativamente ao índice de sustentabilidade na saúde tem vindo a ser feito desde 2014 e todos os anos complementa o anterior com indicadores novos. Este ano, mediu pela primeira vez (em euros) o impacto do SNS (Serviço Nacional de Saúde) na produtividade dos portugueses, tanto sob o ponto de vista dos salários como do absentismo.
"Em termos de absentismo, concluímos que o SNS terá contribuído para uma redução do absentismo em média de 1,9 dias por indivíduo e que terá tido um impacto na produtividade que será o equivalente a 7,3 dias de trabalho não perdidos", explicou à Lusa Pedro Simões Coelho, coordenador principal do estudo.
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